Foi com entusiasmo e motivação que a nossa Escola Básica Júlio Dinis, Gondomar, recebeu o Dr. Miguel Couto, geólogo de profissão e responsável pela empresa Minfopedras.
A convite do grupo de Professores de Ciências Naturais, nos dias 23 e 24 de outubro congratulou-nos com Sessões de Mineralogia individuais em todas as turmas de 7º ano. Trouxe consigo muitos e diversos minerais, fósseis variados com milhões de anos (M.a.), e muitos ensinamentos e curiosidades. Ouvimos, observamos, mexemos…
Muito ativo e simpático desde a primeira até ao final da última sessão, ao longo de 45 minutos partilhou o seu conhecimento – amplo e colossal…
Foi com muitas risadas que ficamos a saber que a Moscovite (micas brancas), que tão difícil é de descolar das nossas pernas na praia, também é utilizada no fabrico dos iluminadores de rosto na cosmética e nas purpurinas. O nome tem origem em “Moscovo”, onde grandes lâminas retiradas da clivagem deste mineral eram utilizadas no fabrico de grandes espelhos e vitrais.
Trouxe várias Pirites, com os seus perfeitos cubos dourados – o ouro dos tolos, como é ironicamente conhecida, pela sua semelhança com este mineral valioso.
A Selenite reflete a luz de uma forma tão bela, que o geólogo nos arrancou um “ahhhhh” de espanto quando colocou a lanterna do telemóvel por baixo de um cristal (uma bola de selenite seria suficiente para iluminar todo o ginásio!).
E o Geode? A palavra significa “cavidade, buraco”, e ficamos a entender o processo de formação dessas “bolas rochosas” que possuem os geodes magníficos no seu interior.
Quanto aos fósseis, observamos dentes de várias espécies de tubarões, dinossauros, crocodilos, e outros restos e vestígios de seres já extintos há milhões de anos. Tivemos nas mãos Estromatólitos, fósseis das colónias dos primeiros seres vivos do planeta! Observamos diversos carvões e ficamos a perceber como se formam e que, quanto mais duro for, maior é a riqueza em carbono e melhor arde.
Os fósseis que nos arrancaram mais gargalhadas foram os coprólitos (fezes fossilizadas) que nos passaram pelas mãos. Apesar de sabermos que estão petrificadas há M.a., a maioria dos alunos acaba a cheirar uma rocha com ar de enjoado! Sempre acompanhados de explicações, observamos âmbar com insetos, troncos fossilizados, plantas impressas, moldes externos e internos de seres marinhos (o da Turritela que nos fazia parecer um unicórnio).
Com as suas luvas e martelo de geólogo, exemplificou na perfeição a clivagem da calcite. E com a sua simpatia, ofereceu um fragmento a cada aluno no final da sessão!
Para retribuir a simpatia, foi-lhe oferecida uma T-shirt com o símbolo do nosso Agrupamento e com imagens alusivas ao seu trabalho!
Obrigada e cá o esperamos nas próximas atividades!
Texto e fotos:
Mariana Paiva, em nome da Oficina “O Meu Mundo”
Professoras Ana Paula Martins e Isabel Matos